sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Estilos desenvolvidos nos Países Baixos


Estilos desenvolvidos nos Países Baixos





Vários estilos se desenvolveram nos Países Baixos; Alemanha, Áustria e Países Escandinavos. Baseados nos estilos da França, Itália e Inglaterra.


Nas cidades de interior originaram-se o estilo Provençal e em praias e campos ou montanhas viu-se os estilos Rústicos ou Camponês, característico ao estilo de vida de seus habitantes.


A Bélgica e a Holanda adotaram o gótico. Durante o século XVI sob o domínio espanhol esses paises foram influenciados pelo estilo Espanhol; o cinqüecento italiano deixou suas marcas no estilo Holandês e Flamengo, dessa época. Os interiores eram maciços em detalhes e pesados. Alguns dos mobiliários refletiam-se no móvel inglês Elisabetano e Jacobino.


Aliás, as influências do Renascimento e Barroco italiano foram em grande parte introduzidas na Inglaterra através dos Paises Baixos.


O comércio holandês com o Oriente trouxe a influência da Índia, Japão e China.
A contribuição chinesa foi a mais importante, pois além do uso da laca e porcelana, trouxe o desenvolvimento da perna cabriolet inspirada, dizem alguns, nos chineses.


Do séc. XVII em diante a arte holandesa e flamenga foi inspirada na arte francesa, mostrando grande luxo e exagero de linhas.







Estilos Austríaco e Alemão




A Alemanha e Áustria seguiram em arquitetura e interior os grandes períodos – Gótico, Renascimento, Barroco, Rococó e Clássico.



Aqui a figura da arquitetura de Biedermeier











BIEDERMEIER


Popular na Alemanha e Áustria entre 1820-1850, aproximadamente. O nome vem de um personagem de Ludwig Eichrodt que representava a burguesia alemã no começo do século XIX.




Surgiu como uma adaptação ao luxo exagerado do estilo Império francês, conservando o estilo Neoclássico; simples, robustos e confortáveis, geralmente de madeiras claras, e tecidos alegres nos estofamentos das cadeiras elegantes sem maiores pretensões. Era produzido para atender a burguesia alemã do séc. XIX, período marcado pelas guerras em abundância na Alemanha, Áustria e Escandinávia, portanto, com custos menores o mogno e outras madeiras mais caras eram evitados.



Renunciam-se as superfícies trabalhadas e esculturas como utilizadas no século passado.Os móveis são geralmente recobertos de marchetaria,unida e polida.O trabalho a mão volta a ser valorizado. O pinho é muito utilizado nestes móveis com marchetaria em cerejeira. A inspiração é greco-romana.



















































































THONET











A fabricação de móveis de madeira vergada já havia sido tentado em outros períodos anteriores, porém sem sucesso. Michael Thonet (1796-1871) em 1830 dedicou-se a essa arte com resultados satisfatórios e foi um período em que a sua empresa passou por uma grande expansão com linhas de móveis tubulares em aço de desenhistas famosos da Bauhaus como Mart Stam, Marcel Breuer e Mies van der Rohe.
Le Corbusier foi o primeiro a utilizar as cadeiras Thonet já num ambiente modernista.









Thonet nasceu em Boppart am Rhein, Tchecoslováquia. Onde montou seu primeiro atelier. Fundou a empresa Thonet em 1819 para produção de seus próprios projetos, em 1841, Thonet transferiu sua fábrica para Viena, Áustria, permanecendo lá por sete anos. Registrou sua primeira patente para moldagem de madeira lâminada em 1842. No início do século XX vários arquitetos vanguardistas de Viena desenhavam móveis para Thonet, incluindo Josef Hoffmann. Os móveis desenvolvidos nessa técnica eram leves, resistentes e de considerável efeito estético.

Atualmente, apenas 10 indústrias no mundo utilizam o sistema desenvolvido por Thonet. Os móveis além de decorar as residências são muito utilizados para ambientar bares, restaurantes e cafés, aqui no Brasil e no exterior. Devido as suas linhas são adaptáveis a qualquer decoração sendo muito atuais.

A cadeira 1859, ou modelo 214, foi e um dos modelos de maior sucesso concebidos para produção industrial. É o resultado de anos de experiência durante a década de 1850 na arte de dobra madeira sólida, e foi desenvolvida já com o objetivo de produção em massa (por volta de 1930 já tinham sido vendidos mais de 50 milhões de cadeiras em todo mundo). A empresa é atualmente dirigida pela 5° geração dos Thonet, com sede em Frankenberg, na Alemanha, onde mantém um museu.











A cadeira n°14 é conhecida como a cadeira das cadeiras,com uma produção de mais de 30 milhoes até 1930,a feira de Paris de 1867 concedeu uma medalha de ouro a empresa de Thonet .

















Bem espero que tenham gostado...

Quem passar por aqui, me deixa um recadinho...

Bjs,

Syl...

Bibliografia e fontes que utilizei para essa postagem:
Mascarenhas, Alayde Parisot ; Arte e decoração de interiores,
Curso Nida Chalegre de Decoração de Interiores,
Obs: A wikipédia em Língua Portuguesa não tem matérias relacionadas aos estilos aqui descritos, em caso de pesquisa procurem em Inglês é a que contém um número maior de informações sobre Biedermeier e Thonet, a wikipédia em espanhol também tem algumas informações, porém muito reduzidas, já os que lêem francês poderão se "esbanjar" nas informações...
mais beijinhos
syl!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Estilos Restauração, Luis Felipe e Napoleão III.

Estilos Restauração, Luis Felipe e Napoleão III.


O Império foi o último dos estilos francês notadamente marcante. A ele se sucederam o estilo Restauração, Luis Felipe e o Segundo Império também conhecido como estilo Napoleão III.


O Estilo Restauração

A "Restauração" teve início com a derrota de Napoleão Bonaparte em Waterloo, quando a dinastia dos Bourbons, com Luís XVIII, retornou ao trono da França. E terminou com a revolução de julho de 1830, quando a burguesia reassumiu o poder, após derrubar Carlos X, sucessor de Luís XVIII.

Durou aproximadamente 15 anos (1814 a 1830) e é um estilo que mostra uma reação contra o antigo e renega tudo que pode relembrar um personagem que quer ser esquecido - Napoleão.

Assim a rigidez que existia no estilo anterior é posta de lado e as linhas se curvam.
Em oposição à rigidez do estilo antecessor, uma das grandes influencias para o mobiliário da Restauração foi a duquesa de Berry, alguns móveis de linhas suaves levaram o seu nome.
Há um “revival” um renascimento do Gótico, da Renascença, porém nada que marque muito. A Restauração e basicamente um período onde a tapeçaria tem um grande destaque vestem as janelas, mantendo a luz do sol quase imperceptível. Os interiores sombrios são invadidos por plantas verdes e flores, uma moda que persiste até os dias de hoje.

As cadeiras e as poltronas adquirem uma linha em gôndola, com os pés dianteiros retos e os traseiros “em sabre”.

A mesa de toillet e a penteadeira têm a parte superior em mármore, aparecendo um espelho móvel, colocado entre dois colos de cisnes, traço característico do período. O console aparece sem o espelho.

Os pés passam a ser o principal ornamento de uma mesa, aparecendo então às liras que foram usadas anteriormente nos encostos de cadeiras Luís XVI, reunidas por uma travessa que assegura a firmeza da base.










O Estilo Luís Felipe





Luís Filipe I (Paris, 13 de outubro de 1773Claremont, 26 de agosto de 1850), duque d’Orléans, duque de Valois, depois duque de Chartres, rei da França de 1830 a 1848, foi cognominado o Rei Burguês ou Rei Cidadão. Era filho de Luís Filipe José de Orléans

O estilo Luís Felipe vai desdede
1830 a 1848. É um estilo que pode ser considerado pesado, não tem de maneira alguma formas próprias, pede emprestado a todos os séculos,alguns autores o consideram completamente encurvado e até mesmo torturado.

As cadeiras continuam em sua maioria com gôndolas ou com encostos inspirados na arte gótica, sendo chamadas de “estilo catedral”. A mesa de pé central, sempre redonda, repousa sobre três pesados consolos em volutas ou esculpidos em garras de leão.A mesa da sala de refeições , também com a forma que o estilo Império conheceu, com seus prolongamentos, é ainda em mogno de uma tonalidade bem mais avermelhada que o tipo precedente.

O leito tem a mesma forma de barca, tornando-se um verdadeiro monumento, têm montantes e colunas coroadas de imponentes volutas.
Os motivos de adorno são os mais heterogêneos possíveis fruto da confusão reinante.

O mobiliário domina como um Neo - Rococó. Móveis mais pesados, “capitonnée” dourados e muito ornamentados, com pernas cabriolet e curvas livres.
Muitos consideram uma época do declínio do bom gosto e da qualidade artística, no entanto na pintura, nomes se destacaram como Ingres,Delacroix e Corot.




















Estilo Napoleão III


Napoleão III de França, nascido Carlos Luís Napoleão Bonaparte sobrinho do grande Napoleão, foi presidente e posteriormente imperador da França (1852-1870).Em novembro de 1852, apoiado pela grande burguesia, conclamou um plebiscito, que, com 95% dos votos favoráveis, instituiu o império e o transformou em Imperador da França, com o título de Napoleão III. Com o golpe, Bonaparte criou o Segundo Império Francês.

Este estilo se caracteriza pelo reinado do “capitonné”, das “passamanarias”, do arabesco e dos revestimentos.

O ecletismo continua considerável, renascem quase todas as tendências, podemos encontrar um pouco de tudo e são justamente essas misturas que vão caracterizar o período de Napoleão III.










O conforto é um lema e por causa desde conforto foi criada uma série de canapés, sem madeira aparente, estofados sobre molas, em capitonné. Surge o canapé de canto, o tête- a –tête (composto de duas cadeiras colocadas de modo a ocupar, cada uma das curvas de um S, o pufe, o sofá circular de encosto arredondado, aberto no centro criando um espaço para receber uma planta, geralmente uma palmeira).










As cadeiras têm as formas mais variadas. O assento é geralmente em palha fina, o encosto pode ser liso, com barras, desenhos em bambus e palmas de diversas formas. Algumas cadeiras são pintadas, outras douradas e outras ainda, as mais elegantes, com filetes, molduras e motivos dourados combinados com incrustações em nácar.
Os damascos, as sedas de inspiração chinesa e os veludos são os tecidos geralmente utilizados, muitas vezes combinados com tiras de passamanaria.
As camas são colocadas junto às paredes, com colunas estilo Renascença. O gás faz sua aparição, desbancando a iluminação óleo, aparecem lustres decorados com cristal, cujos braços arredondados são terminados por globos de vidro polido, ou peças para sala jantar, em cobre, com um mecanismo engenhoso que permite descer para que se possa acender.
É a época das cores quentes, dos tecidos espessos. É também, o derradeiro dos estilos franceses.
















Em contraposição ao movimento intelectual e artístico do período de 1880-1900, apareceu na França o estilo “Art Nouve” que atingiu popularidade e sucesso em pratarias e cerâmicas...
Porém será um estilo que comentarei após trabalhar aqui com vocês os principais estilos Austríacos, Alemães, Ingleses e Portugueses. Serão trabalhados como os estilos do Séc. XX.
Um grande beijo para vocês.

Com carinho,


Syl!

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